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Como o médico caracteriza os sintomas de distúrbio do sono
O paciente dormindo estará, por definição, inconsciente do que faz. No momento de colher informações sobre o sono, recomenda-se a presença de um acompanhante que possa fornecer detalhes sobre o sono do paciente, em geral o cônjuge. A consulta em geral é longa, pois ao entender que suas queixas são sintomas legítimos de doença orgânica, com importância médica real, o paciente fornece detalhes abundantes.
Insônia
Pergunta-se há quanto tempo o paciente apresenta o sintoma desde a primeira manifestação, às vezes ainda na infância, e o período desde a última reativação do quadro. Deve-se levar em conta que a insônia tem caráter cíclico e registrar as duas datas na ficha. Como a insônia é oscilante, mutável, anota-se o mínimo e o máximo de cada uma de suas características. Para definir a dificuldade de iniciar o sono, registra-se a latência ao sono. O número de despertares por noite oscila, dependendo da fase da doença. O horário dos despertares pode ser variável. Registra-se o tempo que duram os despertares no meio da noite. O uso de hipnóticos pode ser regular ou esporádico. Alguns pacientes conseguem lembrar o nome de uma dezena de medicamentos que já tomaram, enquanto outros ignoram até o que estão tomando hoje.
Sonolência
Utiliza-se situações monótonas comuns como indicadores para identificar sonolência. A sonolência será considerada excessiva ou mórbida quando ocorrer sempre ou muitas vezes em duas ou mais destas situações:
Adormecer contra vontade enquanto estiver:
·         assistindo TV;
·         lendo;
·         assistindo aulas, palestras, reuniões;
·         viajando como passageiro.
Ter de interromper a atividade enquanto estiver:
·         dirigindo por mais de uma hora;
·         trabalhando em uma atividade sedentária.
Nas duas últimas circunstâncias, só os pacientes extremamente sonolentos adormecem face ao risco ou constrangimento que envolvem. Uma escala de sonolência conhecida é a que Murray W. Johns, do Hospital Epworth, na Austrália, publicou em 1991. Johns chamou-a escala de sonolência de Epworth (ESE).
Apneia do Sono
Apnéias são interrupções da respiração por mais de 10 segundos. Durante o sono, um pequeno número de apnéias, geralmente de 7 a 20 por noite, pode aparecer em indivíduos normais. Quando ocorrem com freqüência maior que cinco apnéias por hora, ou 30 apnéias por noite, são consideradas anormais. Os malefícios da doença decorrem da soma de apnéias ao longo de anos. O risco de morrer durante uma única apnéia é pequeno, pois, após 20 ou 30 segundos ocorre o despertar e a respiração retorna.
Sintomas
Os dois principais indícios de que uma pessoa sofre de síndrome das apnéias obstrutivas do sono são:
1.       roncar no sono;
2.       sonolência diurna (teste sua sonolência).
O ronco indica a obstrução da garganta e a sonolência é consequência dos múltiplos despertares para voltar a respirar.
A obstrução da garganta ocorre somente no sono porque é devida ao relaxamento muscular. Acordado não existe apnéia. O relaxamento também provoca o ronco. As apnéias interrompem o roncar com períodos de silêncio. Quando a respiração retorna, o ronco atinge o máximo, lembrando um urro ou rugido. Nesse momento, o indivíduo está acordado e poderá responder a estímulos externos. Em poucos segundos, porém, volta a dormir e esquece que acordou. Pela manhã, a sensação é de que dormiu perfeitamente. Os que dormem perto é que se queixam. A tendência, ao longo do dia, será de adormecer em qualquer situação monótona. Mesmo quem dorme mais de oito horas tenderá a cochilar durante o dia se permanecer quieto. Por mais que descanse, a recuperação nunca é suficiente. Como o processo da doença se desenvolve em anos ou décadas, as pessoas acostumam-se a essa sonolência excessiva e passam a considerá-la “normal”.
Outros sintomas:
·         Ganho de peso;
·         Redução da memória;
·         Déficit de atenção;
·         Dor de cabeça pela manhã;
·         Sono agitado;
·         Boca seca ao acordar;
·         Suor noturno;
·         Pressão alta;
·         Palpitações;
·         Falta de ar;
·         Levantar para urinar;
·         Urinar na cama;
·         Disfunção sexual;
·         Depressão;
·         Irritabilidade;
·         Problemas conjugais.
Causas
Existem muitas causas de apnéias, algumas ainda desconhecidas, mas a maioria dos casos está associada a:
·         Formato mandibular;
·         Obesidade;
·         Menopausa;
·         Garganta estreita;
·         Obstrução nasal;
·         Hipotireoidismo;
·         Acromegalia;
·         Sexo masculino;
·         Predisposição genética.
Tratamento
O tratamento das apnéias do sono varia conforme o caso. Depende da causa, da idade, da gravidade, da aceitação e da adesão às medidas propostas. Pode-se usar aparelhos, cirurgias e medicamentos. Quem sofre de apnéias deve evitar qualquer relaxante muscular como álcool ou medicamentos sedativos, calmantes e antialérgicos.


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